O bicho do demodé. III

Desta vez, O bicho do demodé é isso mesmo, literalmente, um bicho, ou melhor "O Bicho".

Não sei porque raio me veio a lembrança deste hit da infância que eu ouvia em k7 com gosto e cuja coreografia eu repeti vezes sem conta com as amiguinhas.
O meu rosto cobre-se de vergonha e angustia ao tomar consciencia destas máculas do meu passado.





Iran, se me está a ouvir: "Quando o vento bater no seu cabelo" ele faz ricochete pois seu cabelo é muito empastado e não é qualquer elemente climatérico que o desalinha.

O Iran, sim você, é que é um bicho... "és isto (fazendo o primeiro gesto da creografia do bicho repetidamente) és isto, és um bicho grande e amarelo" ,como diria O Chato.

E porquê a t-shirt porca? Melhor, Porque é que o coitado do Mosteiro dos Jerónimos tem esta sina de estar votado a estas (coisas) porcas que pra piorar estão à vista de todos no youtube? - Lembremos o caso Escarra-Proença.

E porque não foi ele fazer isto para o Brasil?

E onde está o Godzilla quando precisamos dele?

E porque é que isto não passa nas discos?

Gosto de futebol. II

Não, ainda não gosto.
Mas este anúncio está fenomenal.

Yesterday. Time: Night : Night-Time (The XX)

Estou extasiada.
Um concerto que me entrou pelos olhos e pelos ouvidos e ecoou por todo o lado.
Inebriante. Arrepiante.

Uau.

(vénia)

Îmi place asta*

Damn Gypsies



* Gosto disto, em Romeno

La vita è bella

Amanhã, vou mostrar ao meu mano um dos senão o melhor filme que vi até hoje.
Salve Roberto Benigni.

Habbiamo vinto!

Outra coisa!

Lá na feiroca, vi este "Dicionário do Nome das Terras", que o Fernando Alvim já tinha esmiuçado numa qualquer Prova Oral. Na altura  o Nandinho Alvim ficou a cismar com o Bico-Sacho, uma aldeia do concelho da Batalha, e olha! É onde fica a Tasca do Coxo!



Comentei com o meu colega:
    "Ora vamos lá ver se tem alguma coisa sobre Alcanadas, Ah, de ceteza que não tem" -
                  disse eu, mostrando modéstia, quando no íntimo pedia: que tenha, que tenha, que tenha, vá lááááá... ando sempre a falar da lenda a toda a gente, não me pode humilhar agora....


e... Tcharaaaaammmm!!!!







OH YEAH!

Feira que não é da ladra mas que me rouba.

or minha livre-vontade.


Hoje semi-desgracei-me no parque Eduardo VII.
Da feira levei:

- "A vida num Sopro"- José Rodrigues dos Santos .- Cheira-me que vou adorar. Além de me ter sido recomendado por quem percebe, a minha ex-prof de português do secundário, é mesmo o tipo de livros que vou devorar.
- "Os cus de Judas"- António Lobo Antunes. -Nunca li nada dele mas tenho muita curiosidade.
- "Cronicando" - Mia Couto. - Li dois contos deste livro que adorei, por isso venha ele.
- O Senhor Ventura - Miguel Torga.  - Adoooro a forma de escrever do Sotõr e o tema rural.
- Receitas Low cost . Filipa Vacondeus - Para quem não percebe nada de tachos e quer ser uma Nigella Lawson, que, by the way, também já tenho o livro (Obrigada Jorge!).

- Um Solero Exotic no bucho - já não havia Rol's. E feira do livro não é feira do livro se não se enfardar qualquer coisa.

- Um sorriso pelo espectáculo de fado ao ar livre, tão giro.

Vocês, já leram algum destes livros/autores? Sugestões de leitura, hum?



Outra expressão que é tão ou mais parva que o "tipo" é o:

"Isso é que é preciso".

- Então tás bom?
- Nem por isso, ontem morreu toda a minha família num acidente de viação e acabei de ficar desempregado, mas almocei muito bem.
- Ah, isso é que é preciso.

Tipo

Então vamos lá, repitam todos:

Tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo,tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo, tipo.

E agora, depois deste enjoo, vamos tentar não dizer esta palavra 10 vezes numa frase, está bem meninos?
É que enerva.
Tipo, está bem?

O bicho do demodé. #2

Ele voltou. Sem aviso prévio, sem mais nem menos, sem predir "com licença fáxabor", o Bicho do Demodé voltou a baixar em mim e a manifestar-se na busca por músicas parv... interessantes, aquelas do tempo da avó da Maria Caxuxa.
Desta vez, um tesourinho internacional, que já basta o aumento do IVA pra maldizer o país, não é  preciso lembrar as piroseiras que por estas terras lusas se produziram.
Estava eu no 7o ano quando este hit ecoava nas paredes amarelas da AE da Escola Secundária da Batalha. Que saudades! E que sorte encontrar logo em lugares primeiros um vídeo que tem legendas! - que esta letra é tão difícil, tão diversificada. Obrigado senhor que pôs legendas, sem isso era impossível.
Não é preciso chegar-se a 2010 pra ver um filme com personagens futuristas azuis, elas já existiam em mil nove e troca o passo. Visualizai pois esta pérola de vídeo, produzida com o patrocínio dos bombeiros voluntários de Alfornelos (que forneceram o guarda-roupa), os penteados estilosos, os pontapés altos ao nível de um João Baião, a riqueza da letra ("if you wanna move alone than everybody will move along with you - é só um exemplo") e , sobretudo, movam-se! Todos! Mexam esse corpinho! If you wanna move the world.


Acho muito bem,

 Se eu não posso ver La Roux no Lux, então ninguém pode. Bem feita!

Happy B-day!



















Ahhhh, não era preciso! Tá bem que eu disse que gostava e homens peludos mas não esperava este presente maravilhoso! :P

Hoje faço 23 anos. Credo.

Ando meio viciada nisto. E em tantas outras destes.

Tasca do Coxo - O Post prometido

Como eu cumpro o que prometo, aqui estou a escrever o post sobre a Tasca do Coxo, esse estabelecimento de restauração que não tem sido devidamente valorizado pelo concelho da Batalha.

Chegados ao dito estabelecimento, toda eu sou alegria pois finalmente vou conhecer a famosa tasca. Rio-me por antecipação e ainda nem passei a entrada.
Entramos e somos muito bem recebidos pelo Ti Manel e a Ti Maria, casados e proprietários da tasca.
Vêem logo que eu não sou daquelas paragens e ficam contentes quando lhes confesso que estava desejosa de conhecer a tasca deles, ou o "Cantinho do coxo" como vem escrito num quadro bem emoldurado, que repousa na parede. Fico deliciada com a riqueza desta moldura que dá importância à folha com aqueles dizeres, num wordart básico, acompanhados de figuras do primeiro clipart (como a mítica cestinha com os pães a fumegar) e uma imagem do Mosteiro da Batalha.
O Ti Manel Coxo é mesmo coxo, ele viu-se obrigado a emigrar para Alemanha no tempo em que as vacas estavam magras em Portugal e gordas nos outros países (não mudou muito), à semelhança de muitos outros portugueses. Infelizmente, teve um acidente numa máquina qualquer e, incapacitado para trabalhar, voltou ao seu país. Era reinadio e gostava de servir vinho aos amigos, começou a vendê-lo e assim virou uma tasca.
   "Ó Ti Manel, arranja-se aí qualquer coisinha pra jantar? - pergunta o meu amigo.
Responde ele em voz alta e tom gingão:   "Queres, queres, mas tem que se assar, tem que se assar! Que é que pensas?"

Lá pedimos os grelhados mistos. Umas febras, uma morcela gorda e uma lentrisca rija tão rija que eu só pedia que não me esbarrassem os talheres e a carne fosse acertar mesmo na cabeça de algum dos poucos clientes. Mas assim é que se vê que é petisco natural! Um pacote de batatas fritas do Ecomarché e um "tomade de selada", assim ofereceu o Ti Manel.
Queremos bebidas? é levantar o rabo e ir buscá-las ao frigirífico. Por sorte não tivemos que pôr também a mesa, talvez porque a Ti Maria percebeu e quis que o jovem seu conterrãneo fizesse um brilharete aqui à menina.
Um vinho carrascão, naqueles jarros de barro tão típicos. Temos a certeza de estar em Portugal e, se restam duvidas, basta ler o que vem escrito na dita louça.


Comemos com tranquilidade e tempo e aproveito para observar uma ou outra cena:

Chegam uns clientes:
   "O Ti Maria, queremos jantar!"
Responde a boa senhora: "Olha, agora tou sentada! Vai lá tu ver à cozinha o que é que há e serve-te!"
E ele vai mesmo, com naturalidade.
Afinal, era o cunhado, disse-me o meu amigo, e o cunhado trouxe de lá um chouriço que colocou em cima da mesa. A Ti Maria não tem mais nada e bate no cunhado, por ter trazido aquilo assim sem prato, para cima da mesa.
Haja uma mulher pra manter a higiene e o respeito do local, até porque estão ali pessoas de fora.

Noutra ocasião, traz a Ti maria um prato de grelos para os outros clientes e ouve-se da cozinha berrar o Ti Manel:
   "Isso é pra mim, foda-se! Não é pra eles, é pra mim, foda-se!"

Toca o telemóvel do Ti Manel. É o "I've got a feeling". Até aqui esta musica passa...

Cafezinho da marca Camelo em copo de plástico. Soube-me bem melhor que qualquer outro daquelas maquinas mariconças de café que há agora.
Ao fazer a conta, o Ti Manel não precisa de maquinas registadoras ou outros, faz assim de cabeça e num instantinho:
 "Ora, foram azeitoninhas não é? E um jarrinho, foi só um jarrinho não é? e dois suminhos. Ah e o cafezinho, ora ora, ora doze euros tudo, fica assim."

Os donos da casa, cada um, vêm cumprimentar-nos à saída, desejando boa viagem à forasteira que ali caiu em graça.
Gente simples e simpática, e os melhores sabores da Estremadura. P'ra voltar!

Aposta ganha. Tasca do Coxo é hoje!

Não façam apostas comigo, meninos, que perdem, ah, pois perdem.
 (Sim, tá bem, menos tu, Just. Já sei, já sei)

Um amigo apostou comigo e perdeu. Obvio. O resultado da aposta era o mais comum possível: um jantar.
Se ele ganhasse, seria num qualquer restaurante à sua escolha, mesmo que fosse o Tromba Rija, venha ele.
Mas se eu ganhasse, uh, se eu ganhasse, queria ir à mítica e tão publicitada por ele Tasca do Coxo.
A tasca do Coxo é, segundo ele, um estabelecimento com elevado padrão de qualidade, localizado na sua aldeia de Bico Sacho, que inclusivamente deveria mudar o nome para qualquer coisa como Coxo's Club Hotel Golf and Spa Resort. Na verdade, parece-me que é a pior das espeluncas à face da terra.
Não quero saber. Quero experenciar o:
- Ó Ti Coxo, há aí lentrisca?
- Ó filho, vai ali à cozinha ver e traz pra cá que eu ponho a assar.

Há bebedos? Sim. Há louça mal lavada? Muito provavelmente. Nunca fui lá mas vou tirar fotos, se assim me for permitido, até porque lhe prometi que fazia um post sobre a Tasca do Coxo, publicidade muito valiosa tendo em conta as 3 pessoas que visitam o meu belogue.

À pouco, a confirmar que o jantar era mesmo para hoje, senti, da parte dele, um nervosismo e até um arfar escondido na voz. Diz que me leva a qualquer restaurante fancy de Leiria, o que eu quiser, que na tasca como é só bebados não me vão deixar em paz, blá blá blá.
Não quero saber, estou irredutível. Aposta é aposta e eu sou uma gaja de palavra.

Por isso já sabem, se amanhã não estiver aqui o tal post, sabem onde estou: inernada no hospital de Sto André por causa de uma qualquer bacteria manhosa que se me entrou no sistema digestivo.

Os Carreiras

A minha mãe quer vir outra vez a Lisboa para ver o Tony ("quero é passear, não é por causa do Tony, nada disso", diz ela -...sim, sim...).
Diz o meu avô:  Agora ele tem um filho que canta mesmo como ele. Igual.
Eu: Sim, igual, só tem é a camisa mais aberta.
Minha mãe: Olha, o Michael é que era um bom rapaz pra ti.

(...)

Daqui faço o apelo: Michael,  se me estás a ouvir, tu põe-te a pau.
Se a minha mãe te apanha lá no Parque Eduardi VII, 'tamos lixados.
Há uns anos atrás, mais ou menos por esta altura, andava por Leiria.
Era o meu dia de anos.
Nada de festas muito exuberantes, um jantar simples com "a malta" e pronto.
Pensou-se em ir até à queima a Coimbra mas acabou por não dar.
Bebemos uma cerveja n'Os Filipes, fomos a casa, eles pegaram nas guitarras e subimos até ao Castelo de Leiria e ficámos ali, debruçados nas muralhas, a ver a cidade, a dizer parvoices e a cantar.
Lembro-me tão bem quando se cantou esta:

Um dia, um grande filósofo disse:

"Pra sobreviver, tens que aprender:
Hakuna Matata."




Estranho, mas basta cantarolar isto pra tudo ficar mais leve e risonho.

Quem é que não adoooora o Pumba a dizer com um ligeiro sotaque gringo: Hakuna Ma-"tha-tha", sim vais percebeeeerrr-eehh!

O bicho do demodé. #1

As vezes, há um espírito revivalista que baixa em mim e me faz gostar de várias coisas assim a modos que pró old-school.... bem, é  uma expressão trendy pra dizer que sou meio fã do "piroso-de-antes". É uma maleita com sintomas mais ou menos frequentes, parece-me a mim  que é uma coisa crónica mas não é contagiosa, de todo. Que eu já experimentei contagiar os que me rodeiam com esta febre-do-antigamente-é-que-era-giro, mas sem sucesso nenhum.

Hoje deu-me pra isto:



Doi-me a barriga de tanto rir. Eu que gostava tanto dos Excesso... bem, sejamos sinceros,  dizer que gostava é pouco, vamos antes confessar que cantava as musicas quase de tras para a frente e sabia as coreografias, inclusivamente. 
Bem, no meio da minha falta decoordenação, sempre me sairía bem melhor que as Baionetes que estão a dançar... a Macarena (?!)


E os sapatinhos plataforma do melão, hã? Categoria!! O que eu gosto dos movimentos sexys dele, olha pra mim já cheia de calores vários... aquele mover de ancas põe-me doidinha.
E as boas vozes do Duck e do Gonzo? Alguém empresta ao menos uma camisolinha de alças ao Carlos? E sim, sim, eu sei os nomes deles... alguem que me interne, por favor.


Mas em boa verdade vos digo, que os Excesso eram todos giros, e bem constituídos e tal. Difícil é escolher o melhor... hum... pois... pra mim o melhor é mesmo aquele ali atrás, com um colete prateado. 
Giro.
Sempre gostei de homens peludos.