iPad- Apple atrasa lançamento em Portugal

muito bom! É daqui.


"iPad – Apple atrasa lançamento em Portugal porque ecrã táctil não resiste à saliva do dedo que portugueses molham para mudar página


Posted on 24 November 2010
Está resolvido o mistério em volta do eterno adiamento do lançamento do iPad em Portugal. IVA sabe que a Apple está a tentar resolver um problema técnico exclusivo do utilizador português. “Vamos ter que adaptar o nosso ecrã à realidade portuguesa. Na verdade não estávamos à espera de tantos problemas. Não nos lembrámos deste hábito de pôr o dedo na língua antes de mudar a página. Os nossos ecrãs não têm resistido bem à quantidade de saliva, que ainda por cima é mais ácida do que o normal devido também à pouca higiene oral. Os testes que fizemos com utilizadores portugueses acabaram sempre em curto circuito depois de uso intensivo do aparelho. Para já a solução poderá passar por um iPreservativo para o aparelho. ” – explicou ao IVA o Eng. Esmeraldo da Apple Portugal."

E queria aqui anunciar também fáxavôr,

que isto aqui, que isto aqui,

 está um frio do car***o.

O pior da greve geral.

O pior da greve geral é que eu não posso fazer greve geral porque já estou de folga.
Isto é triste, não há direito.
Uma pessoa não quer trabalhar e já não trabalha. É mesmo pra chatear.

Se calhar vou a pé até ao Rossio, ver o amontoado de população em êxtase.
 Quem sabe não saco umas carteiras, agora que me estou a inteirar dos meandros desta profissão.

Ainda sobre o Starbucks:


Não tive a lata suficiente para chegar perto ao ponto de tirar uma fotografia com qualidade mas eu explico:
No Starbucks está este letreiro que diz: Carteiristas profissionais actuam nesta área.

E eu pergunto: O que raio são carteiristas profissionais? Ou melhor, qual a diferença dos carteiristas profissionais para os amadores?
 Têm Carteira Profissional de Carteirista profissional?
 Descontam para o Estado?
É  a eles que devemos recorrer quando precisamos que nos saquem a carteira com mestria?

:S

Das coisas que gosto em Lisboa,

Num momento estou em casa a passar toalhas a ferro, 20 minutos depois estou nisto:


É destas coisas que me fazem gostar de estar aqui. Apesar de ter pena de não estar na terreola, com o meu irmão que é a criatura mais maravilhosa à face da terra, com os meus avós amorosos e com os pais, e, especialmente, os mimos da mãe.


Hoje passei outra vez pelo Starbucks do Rossio. Qualquer dia, quando tiver a intelectualidade ou a coragem suficientes, ponho-me lá sozinha a ler um qualquer livro, mesmo no centro da cidade, e a fazer de conta que consigo estar muito atenta à leitura e pouco ao que se passa à minha volta.

Acabei por me desgraçar com a colecção da Lanvin. Entrei decidida a não comprar nada e cheguei até a soltar um "Pfffff" enquanto olhava para os vestidos que ainda lá estavam (poucos, que o resto já teria sido levado por um vendaval de fashionistas que por ali teria passado). Eis senão quando, vejo uma saia. E apaixonei-me. Estive ali sem mentir 10 minutos no provador. Levo não levo, ai que só gasto dinheiro, ai que é tão gira, ai que isto anda de crise, mas ai que sou uma gaja independente, quero lá saber não peço nada a ninguém e além disso troquei o carro pelos transportes publicos que sempre é mais uma economia.
E depois de muita ponderação,  muita argumentação interior, acabei por levar. E venero-a. A minha primeira peça de estilista!  :)




Chanel, Dior, preparem-se, que a campónia está-se a pôr!


MEC é o Max.!

Já vou tarde, já vou tarde, dizem uns. Mas antes tarde que nunca. Estou agora, sim, só agora, a descobrir Miguel Esteves Cardoso. Se vou devorar O Amor é Fodido, já li três vezes a crónica abaixo. Não sei se é da tal vaga de desenhos animados do Facebook, com tantas princesas sorridentes e amores felizes para sempre, que me faz ficar assim romanticó-panhonha e gostar tanto desta crónica. Pode ser.



Elogio ao Amor - Miguel Esteves Cardoso, in Expresso

“Há coisas que não são para se perceberem. Esta é uma delas. Tenho uma coisa para dizer e não sei como hei-de dizê-la. Muito do que se segue pode ser, por isso, incompreensível. A culpa é minha. O que for incompreensível não é mesmo para se perceber. Não é por falta de clareza. Serei muito claro. Eu próprio percebo pouco do que tenho para dizer. Mas tenho de dizê-lo.




O que quero é fazer o elogio do amor puro. Parece-me que já ninguém se apaixona de verdade. Já ninguém quer viver um amor impossível. Já ninguém aceita amar sem uma razão. Hoje as pessoas apaixonam-se por uma questão de prática. Porque dá jeito. Porque são colegas e estão ali mesmo ao lado. Porque se dão bem e não se chateiam muito. Porque faz sentido. Porque é mais barato, por causa da casa. Por causa da cama. Por causa das cuecas e das calças e das contas da lavandaria.



Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram logo em “diálogo”. O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante psico-sócio-bio-ecológica de camaradagem. A paixão, que devia ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas, em vez de se apaixonarem de verdade, ficam “praticamente” apaixonadas.



Eu quero fazer o elogio do amor puro, do amor cego, do amor estúpido, do amor doente, do único amor verdadeiro que há, estou farto de conversas, farto de compreensões, farto de conveniências de serviço. Nunca vi namorados tão embrutecidos, tão cobardes e tão comodistas como os de hoje. Incapazes de um gesto largo, de correr um risco, de um rasgo de ousadia, são uma raça de telefoneiros e capangas de cantina, malta do “tá bem, tudo bem”, tomadores de bicas, alcançadores de compromissos, bananóides, borra-botas, matadores do romance, romanticidas. Já ninguém se apaixona? Já ninguém aceita a paixão pura, a saudade sem fim, a tristeza, o desequilíbrio, o medo, o custo, o amor, a doença que é como um cancro a comer-nos o coração e que nos canta no peito ao mesmo tempo?



O amor é uma coisa, a vida é outra. O amor não é para ser uma ajudinha. Não é para ser o alívio, o repouso, o intervalo, a pancadinha nas costas, a pausa que refresca, o pronto-socorro da tortuosa estrada da vida,o nosso “dá lá um jeitinho sentimental”. Odeio esta mania contemporânea por sopas e descanso. Odeio os novos casalinhos. Para onde quer que se olhe, já não se vê romance, gritaria, maluquice, facada, abraços, flores. O amor fechou a loja. Foi trespassada ao pessoal da pantufa e da serenidade. Amor é amor. É essa beleza. É esse perigo. O nosso amor não é para nos compreender, não é para nos ajudar, não é para nos fazer felizes. Tanto pode como não pode. Tanto faz. É uma questão de azar.



O nosso amor não é para nos amar, para nos levar de repente ao céu, a tempo ainda de apanhar um bocadinho de inferno aberto. O amor é uma coisa, a vida é outra. A vida às vezes mata o amor. A “vidinha” é uma convivência assassina. O amor puro não é um meio, não é um fim, não é um princípio, não é um destino. O amor puro é uma condição. Tem tanto a ver com a vida de cada um como o clima. O amor não se percebe. Não é para perceber. O amor é um estado de quem se sente. O amor é a nossa alma. É a nossa alma a desatar. A desatar a correr atrás do que não sabe, não apanha, não larga, não compreende.



O amor é uma verdade. É por isso que a ilusão é necessária. A ilusão é bonita, não faz mal. Que se invente e minta e sonhe o que quiser. O amor é uma coisa, a vida é outra. A realidade pode matar, o amor é mais bonito que a vida. A vida que se lixe. Num momento, num olhar, o coração apanha-se para sempre. Ama-se alguém. Por muito longe, por muito difícil, por muito desesperadamente. O coração guarda o que se nos escapa das mãos. E durante o dia e durante a vida, quando não esta lá quem se ama, não é ela que nos acompanha – é o nosso amor, o amor que se lhe tem. Não é para perceber. É sinal de amor puro não se perceber, amar e não se ter, querer e não guardar a esperança, doer sem ficar magoado, viver sozinho, triste, mas mais acompanhado de quem vive feliz. Não se pode ceder. Não se pode resistir. A vida é uma coisa, o amor é outra. A vida dura a Vida inteira, o amor não."

Os bonecos da minha infância

A recente epidemia do Facebook é parva. Eu vi e achei logo que era parva. Mas aderi. Quilos de nostalgia de desenhos animados em cima e tive que aderir. Daquelas coisas parvas que não gostamos mas acabamos por ter, como as calças à boca de sino ou a gola do pólo para cima.

Os desenhos animados da minha infância são A Navegante da Lua. O episódio dava ás 16.30 na TVI, e eu vinha da escola com o tempo contado para assistir às minhas guerreiras favoritas.
Também tive uma caderneta de cromos, mas, cabeça no ar como sempre, deixei-a na rua e choveu.
 Um drama.
Imitava a Navegante da Lua com mestria: Dois tótós ao alto, uma tiara feita em papel e colada com fita-cola na testa e um ceptro lunar feito com a flauta de bisel. Tinha uma gata branca que se chamava Artemisa e também lhe colava uma lua de papel. A fita-cola não é amiga do pelo felino e a bicha não estava para brincadeiras. Umas arranhadelas mais tarde, já tinha a fiel companheira gata pronta para combater o mal.

Desafortunadamente, na escola eu não era a Navegante da Lua. Fui delegada para a função de Navegante de Mercúrio. Eu não era a mais popular, era antes a menina bem comportada, boazinha e que tirava as boas notas (aka, a tótó). Não gostava. A Navegante de Mercúrio é a marrona que nunca vai às festas porque tem sempre que estudar. Tem o cabelo curto e ainda por cima é azul! E o ataque dela é com bolas de sabão, coisa mais inofensiva. E tem uma voz irritante. Finíiinha e irritante. Pior de tudo, não fica com o Mascarado.

Raios, eu merecia tanto ser a Navegante da Lua. Eu sabia tanto a coreografia da transformação do "pelo poder sagrado do prisma lunar" e sabia tanto como fazer a roda de ataque da tiara e tanto como apontar o ceptro lunar. Eu queria tanto ser a Navegante da Lua. Mas não, era a tótó.
Era injusto!Como se atrevem a estragar assim os sonhos de uma jovem e inocente rapariga? Malvados! Em nome da Lua, vou-vos castigar!

 
 

Chá contra vizinhos

Desde há uns tempos que quando a puta da insónia vem, não há meio de acabar com a desgraçada. Eu bem me previno com litradas de leite com chocolate quentinho ou chá de camomila p'la goela abaixo. Mas não há maneira: Se há dia em que eu preciso de dormir aquelas 6 horas, podem crer que nem 6 minutos prego olho. No início desesperava, na última que tive, já me foi indiferente:"Ora bem, mais um dia de directa, não faz mal, um correctorzinho de olheiras, um café duplo e úplá, vamos lá embora sorrir e acenar com alegria".

Hoje passei p'lo Celeiro Dieta e comprei uma erva qualquer que diz que é boa contra a insónia. Tem um cheio característico que eu tive algum tempo a pensar o que é que aquilo me lembrava e depois de dar muitas voltas à cabeça lá descobri: aquilo cheira mesmo é a chulé.

Bebo com a mão no nariz, tipo xarope que a minha mãe me obrigava a beber quando era pequenina ou tipo os discursos que às vezes tenho que ouvir no trabalho.

E quando estou toda eu preparada para uma noite tranquila, eis que os queridos vizinhos de upstairs, mais conhecidos como larilas-sem-coração, decidem passar em bom som e, plos vistos, acompanhado de coreografia: O Bailinho da Madeira.

O Amor é fodido.



"O amor é fodido. Hei-de acreditar sempre nisto. Onde quer que haja amor, ele acabará, mais tarde ou mais cedo, por ser fodido.
E por que é que fodemos o amor? Porque não resistimos. É do mal que nos faz. Parece estar mesmo a pedir.
De resto, ninguém suporta viver num amor que não esteja pelo menos parcialmente fodido. Tem de haver escombros. Tem de haver progresso para pior e desejo de regresso a um tempo mais feliz.
E um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo."

Tasca do Coxo?

Descobri agora que, a seguir ao meu nome seguido da minha terreola, a expressão pesquisada que mais faz chegar as pessoas ao meu blog é "Tasca do Coxo".
E esta expressão tem sido pesquisada no google nos últimos dias e... agora!!

Mas, quem é que quer saber mais sobre a mítima Tasca do Ti Manel, hum?
Depois de dizer adeus a todos, Lisboa disse-lhe adeus ontem.

http://senhordoadeus.blogs.sapo.pt/

Emoções de uma gaja.

O meu dia estava triste. Mais cinzento que o tempo lá fora e com gotas de água a escorrer cara abaixo. Não, não houve nenhum desastre, apenas estive a ver os últimos episódios da série: Sexo e a Cidade.
 E sim, é fútil. Mas, é a minha cena, deixem estar.

O dia ficou mais alegre quando, inesperadamente, na fila para pagar, no Mini-Preço da minha zona, onde nunca há nada de jeito para comprar, nem nenhuma novidade, nem sequer fruta fresca eu vi-o.
Tive que olhar duas vezes, não estava a acreditar. Fugi para o ir buscar depressa e poder regressar à minha fila sem perder o lugar.

E agora é meu. Outra vez!

Benvindo de volta LABELLO DE CEREJA!

(Vá lá, este baton esteve anos fora de comercialização em Portugal, as miúdas de certeza que compreendem o meu estado de extase)