Dois insectos que me andam a dar cabo dos nervos.

O primeiro é (são) as baratas.

Não me venham com teorias de que é inofensiva, tadinha da cucaracha que não pode fumar uma ganza, não quero saber.
Tenho repulsa dessas desgraçadas nojentas e panico só de pensar em deparar-me de novo com tal criatura. E quando digo panico, implica saltos, gemidos, pelos eriçados e lagriminha a saltar do olho. Um festival de emoções deprimente.
Já matei uma com detergente desentupidor de canos (a coisa mais corrosiva que encontrei), outra com uma sapatada e a 3a assassinada nesta casa foi com um Raid-diz-que-as-mata-em-3-segundos-mas-foram-uns-8-ou-9. Isto tudo em 2 anos e já é uma conta bem gorda!

A casa está minuciosamente limpa e pulverizada. Poderia dar-me por descansada. Mas há uns dias, diz-me a minha "flatmate" que extreminou dois mini-bébés-barata. E o que me diz também? Que elas parem aos 14 ou 16 de cada vez, essas putas. Pois onde raio está o resto da prole orfã? Hum? Onde? Hum? Será que vão voltar para se vingarem pela próprias patas peludas? Eu tenho medo, muito medo. Inspecciono cada metro de soalho à passagem e estremeço a cada ruídinho. Comprei outro Raid para ter no quarto.

Pensava-me um João-Sem-Medo, afinal descubro que sou uma barató-cobardolas.

E pronto, era só isto.

Ah, o segundo insecto. Bem, são as borboletas.
Essas entraram recentemente no meu estômago.
A ver se bazam depressa que eu tenho mais que fazer à vida do que andar ansiosa e a corar que nem uma teenager.

 Mas isto já é outra história.

A esperança é a primeira.

Praia da Nazaré, final da tarde.

Um pôr-so-sol bonito, um vento quente, um mar calmo.
Todos estão felizes, tudo está contente.
Só eu estou angustiada.

Espero, desespero e espreito por entre a multidão com ansiedade e vontade.

Mas nada.

Não quero arredar pé, mas já ninguém me apoia.  "Deixa lá! - dizem,  arranjaremos outra solução, vais ver que também será bom".

Mas eu não quero outra coisa. Olho uma e outra vez e quando estou prestes a desistir, eis que tudo acontece e encho-me de alegria. O meu dia valeu a pena, a minha espera não foi em vão.

Vestido branco e caixa azul, ali está ela: A Mulher dos Bolos.


A esperança é a primeira. A esperança é a primeira a comer.
Uma Bola de Berlim com creme.

Estou apaixonada por dois ao mesmo tempo.

Não sei qual escolher! Nem sequer se alguma vez podereri ter algum deles. Eu queria, queria, mas não sei se eles me querem a mim.

Quem me dera poder passear com eles, apresentá-los aos meus amigos, senti-los, tê-los só para mim.

Sorrio quando vejo as fotos deles, fico ansiosa, sem jeito.

Estou apaixonada, por dois pares de sapatos.



Gostarei disto? Não sei, mas quero ver na mesma.

Crescida.

Hoje, pela primeira vez, saquei legendas da net, (ridículo não o ter feito ainda mas ter amigos craques em sacar filmes ajuda).
Hoje, pela primeira vez, andei de carro por Lisboa, e de uma ponta à outra.
Hoje, pela 1a vez, conduzi a 160 km/h.
Não fiz mais nada de especial,  mesmo o que fiz não é nada de especial.
Mas mesmo assim sinto hoje, que hoje...

...estou uma mulher feita. XD


Se "mudasti" entrar para o dicionário da Língua Portuguesa eu mudo de nacionalidade.
Talvez para brasileira.