Chá contra vizinhos

Desde há uns tempos que quando a puta da insónia vem, não há meio de acabar com a desgraçada. Eu bem me previno com litradas de leite com chocolate quentinho ou chá de camomila p'la goela abaixo. Mas não há maneira: Se há dia em que eu preciso de dormir aquelas 6 horas, podem crer que nem 6 minutos prego olho. No início desesperava, na última que tive, já me foi indiferente:"Ora bem, mais um dia de directa, não faz mal, um correctorzinho de olheiras, um café duplo e úplá, vamos lá embora sorrir e acenar com alegria".

Hoje passei p'lo Celeiro Dieta e comprei uma erva qualquer que diz que é boa contra a insónia. Tem um cheio característico que eu tive algum tempo a pensar o que é que aquilo me lembrava e depois de dar muitas voltas à cabeça lá descobri: aquilo cheira mesmo é a chulé.

Bebo com a mão no nariz, tipo xarope que a minha mãe me obrigava a beber quando era pequenina ou tipo os discursos que às vezes tenho que ouvir no trabalho.

E quando estou toda eu preparada para uma noite tranquila, eis que os queridos vizinhos de upstairs, mais conhecidos como larilas-sem-coração, decidem passar em bom som e, plos vistos, acompanhado de coreografia: O Bailinho da Madeira.

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