Odisseia por umas botas ranhosas

Cenário Nº1: Festa de Natal da empresa aproxima-se e Fi tem que fazer boa figura. Bem, Fi tem que fazer sempre boa figura nem que vá apenas levar o lixo. Fi então compra um vestido bem catita mas não tem botas(!). Começa assim a demanda por umas botas pretas que, para alem de giras e confortaveis, sejam baratas porque Fi está miserável e ainda não recebemos o subsídio de Natal.

Fi vai a uma loja chinesa.
(...)
Sim, a vergonha abate-se e as mãos tremem só de confessar este pecado, mas é verdade. Como uma desgraça nunca vem só, Fi gosta muito de um par de botas pretas pela módica quantia de 11.90€.

Fi fica satisfeita e pensa: "Ora vistes, amo chineses de paixão, olha que achado! Venha daí Senhor-Dono-da-Loja a um abracinho que fiz uma rica comprinha!Chuac Chuac!"

Fi calça logo as botas e vai à compras à Baixa. Fi fica sem um tacão das botas novas cerca de 2h depois das ter comprado em plena Rua Augusta. O tacão é alto e Fi parece uma deficiente a coxear ali. Para piorar, a rua está repleta de gentalha a comprar coisas. Fi quer ter o poder do teletransporte. Fi não tem. Fi abomina a raça chinesa e deseja que ela seja extreminada ao engasgar-se todinha com bagos de arroz mal cozidos.

Fi vai ao Senhor-Dono-da-Loja-Chinesa achicalhá-lo. - Vamos antes denominá-lo de Sr. Ogre-e-doce - . Sr. Ogre-e-doce tenta convencer Fi a lebal outlas botas palecidas mas Fi só quer aquelas e faz birra. Sr. Ogre-e-doce diz a Fi para ir ver noutra loja do grupo que é mesmo na esquina (ah, então não é) e Fi vai. Chega suada e lá não têm o número e Fi regressa à loja e faz birra outra vez. Sr. Ogre-e-doce diz que vão arranjar botas no sapateiro e que estão prontas na 5a feira, dia do jantar. Fi confirma. Sr. Ogre promete.

Fi vai lá na 5a e as botas não estão prontas. Fi quer incendiar o monte de poliester de caca que é aquela loja mas acalma-se. Sr. Ogre diz para experimentar ver no sapateiro que é mesmo ali ao bilal da esquina (ah, então n é..). Estão lá as botas, arranjadas, mas tem que ser o dono a vir buscá-las. Vi regressa ao monte de poliester e diz ao Ogre para ir lá buscar. Ogre vai e Fi tem as botas e fica muito gira.

Cenário Nº 2:É noite de passagem de ano e Fi arruma-se toda para começar o ano em grande. Fi calça as ditas botas e pensa: "Hum, se calhar devia levar umas sabrinas na mala, que estas botas não são de fiar". depois Fi pensa: "Ai, o raio, não vamos começar o novo ano com pensamentos pessimistas, toca de ser positiva que nada acontece" e deixa as sabrinas em casa.

Fi está muito bem a andar no Bairro Alto. Fi fica sem um tacão. Fi passa metade da passagem de ano a coxear que nem uma deficiente.

Fi já comprou um jarricã de gasolina para provocar sérios danos à caca de poliester e à cara do Sr. Ogre-e-doce.

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