Hoje, um maquilhador da Sephora com o qual fiz amizade de manhã (enquanto andava a deambular por aqueles produtos todos, que para mim a Sephora é o equivalente à Disneyland para uma menina de 6 anos), disse que eu tinha uma cara muito bonita e que gostava de me maquilhar, que o faria de borla, até.
E eu pensei: Yupi! é o que dá ser, naturalmente gay-friendly!
O tipo tem voz doce e é muito delicado, e percebe mesmo muito de maquilhagem. Depois, enquanto me maquilha, farta-se de me elogiar os olhos. São muito bonitos, eu sou muito bonita tenho que usar lápis branco para abrir o olhar e elevar a sobrancelha. E que sou muito bonita, a sério , a sério. E que tem vontade de me levar para casa. E que me maquilha todos os dias se eu o levar para casa. E já agora, onde é que eu moro? Pergunta-me se não o quero levar para casa. E já foi à minha vila de origem jogar à bola, porque , como disse, é maquilhador mas é um "rapaz como os outros, que faz tudo o que os outros fazem" , e foi lá com uma rapariga da qual andava atrás mas que, infelizmente, tinha namorado. Conta-me a história enquanto lhe admiro os músculos por baixo da t-shirt preta muito justa E depois afinal o que ele queria seguir era a via militar. Queria entrar para a Fora de Intervenção. Mas não entrou porque teve um acidente de mota, que levou ferros no braço e tudo. E quando soube que não podia entrar depois disso, largou-se a chorar.
E acaba de me maquilhar com aquele gestos delicados e femininos. No dedo, usa aquele anel largo, prateado, típico dos gays.

A sério, pessoal , assim não dá. Isto anda cada vez mais complicado para as gajas, hein?  Esta merda do Novo Homem, ou dos metros, ou lá o que é era uma coisa que eu até apoiava, que sim senhor estava muito bem. Mas agora, que me vi sem saber o que raio era o tal tipo, antevejo um futuro muito confuso para o gajedo feminino desta sociedade!

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