O meu antigo telemóvel era este:
Era branquinho e fininho, perfeito para levar na calça justa - ao pacote, como diria a Fashion-Guru Katyzinha. Tinha mp3 como se quer e precisa e um radio fiel amigo p'rás viagens quinzenais de expresso da capital para a terreola-natal. Bem, o rádio é realmente útil mas apenas nos primeiros 15 minutos, o tempo de sair de Lisboa. Que depois, Jesus, depois, é o constante muda-muda-irritante de posto de radio porque não há nenhuma que se aproveite nos 100 km que separam a área de Lisboa da área de Leiria, im-pres-si-o-nan-te.
Enfim, apartes à parte, era uma relação de amor perfeita, esta entre mim e o dito celular. No entanto, a coisa deu para o torto. Era bom demais. Quando uma relação é muito perfeita, sabemos que, mais cedo ou mais tarde, alguém se vai magoar. Foi ele que se magoou. E muito. E com força. E várias vezes. A culpa não é tua, a sério, a culpa é minha. E das minhas mãos de manteiga Becel. Tanto deixei cair o telemóvel que ele começa a vingar-se e falha uma tecla, falha duas, não bloqueia, desajusta o volume por obra e graça do Senhor e dá o berro final.
Mas não havia necessidade, não há justificação para se portar tão mal ao final de apenas 6 mesinhos de namoro.
Desgostosa, comprei um novo telemóvel.
Este:
Oh, já sei, já sei... desenganem-se os que aprenderam que "mais triste que um sorriso triste é a tristeza de não sorrir". Mais triste que isso tudo é mesmo a tristeza de comprar um telemóvel igual ao que já se tinha.
E o resultado? Nem duas semanas depois, já está a dar problemas com as teclas, essas malfadadas teclas.
Vou mandar arranjar o antigo. E depois vou mandar arranjar este. Sou persistente e teimosa e quando gosto gosto mesmo, e mesmo contra toda a razão.
Talvez um dia ganhe juízo e compre daqueles telemoveis que valem a pena e são de fiar.
Talvez um dia me decida por uma coisinha destas: